quinta-feira, 4 de junho de 2020

Sob a ótica de um astronauta


Esse vídeo gravado alguns dias atrás de um astronauta filmando nosso planeta sob a ótica do espaço me deixou pensativo. Estamos em uma época inflamada pela polarização de ideias, muitas brigas, discussões e protestos. O grande motivo para tudo isso é a própria postura do ser humano de olhar para seu próprio umbigo e esquecer de vislumbrar o todo a sua volta com os olhos que esse astronauta nos permite com essas imagens.
Estamos todos no mesmo barco, navegando pelo oceano da vida. Viemos e voltamos, e continuamos a permitir que nosso ego divida ao invés de multiplicar. As fronteiras entre países e oceanos são ilusão aos olhos de um astronauta, tudo são continentes de terra e muita água. Os ricos e pobres são do mesmo minúsculo tamanho aos olhos de um astronauta. O que é possível ver é um grande planeta, cheio de vida, onde cada ser vivo, animal, vegetal e mineral é como uma célula e na sua soma forma o todo chamado Planeta Terra.
O que está no alto é como o que está embaixo, e o que está embaixo, é como o que está no alto.

segunda-feira, 4 de julho de 2016

O tempo e a vida

A vida e o tempo caminham lado a lado.
A vida nos presenteia com os desafios.
O tempo com as soluções.
Juntos formam um equilíbrio perfeito para o crescimento do ser que habita em nós.
O ser humano por sua vez tem se empenhado em avançar em velocidades cada vez mais intensas, utilizando a rapidez da tecnologia para criar facilidades e confortos. Esse comportamento criou uma tendência ao imediatismo, este o qual foge do equilíbrio perfeito do tempo e da vida.
O imediatismo é a razão, o tempo e a vida são emoção.
O engano está na ambição, na ganância, vaidades humanas que envenenam o coração.
Não há para a vida nada que não haja solução
Se respeitar o tempo e seguir o coração, a alegria de viver será companheira certa, pois o peito se encherá de esperança na aurora do novo amanhã.
Isso é fé no tempo e na vida.

Marcos A. B. Jr.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

O que está no alto é como o que está embaixo...


...e o que está embaixo é como o que está no alto.



segunda-feira, 3 de novembro de 2014

História dos Dois que Sonharam

O historiador árabe El Ixaqui narra este acontecimento:

Contam os homens dignos de fé (porém somente Alá é onisciente e poderoso e misericordioso e não dorme) que existiu no Cairo um homem possuidor de riquezas, porém tão magnífico e liberal que perdeu-as todas, menos a casa de seu pai. Diante disso, viu-se forçado a trabalhar para ganhar seu pão.

Trabalhou tanto que o sono venceu-o uma noite sob uma figueira de seu jardim, e ele viu no sonho um homem empanturrado que tirou da boca uma moeda de ouro e lhe disse: "Tua fortuna está na Pérsia, em Isfahan, vai buscá-la".

Na madrugada seguinte acordou e empreendeu a longa viagem, afrontando os perigos dos desertos, dos navios, dos piratas, dos idólatras, dos rios, das feras e dos homens. Chegou finalmente a Isfahan, e no centro da cidade, no pátio de uma mesquita, deitou-se para dormir.

Junto à mesquita havia uma casa, e, por vontade de Deus Todo-Poderoso, um bando de ladrões atravessou a mesquita, e meteu-se na casa, e as pessoas que ali dormiam, desesperando com o barulho, pediram socorro. Os vizinhos também gritaram, até que o capitão dos guardas-noturnos daquele distrito acudiu com seus homens e os bandoleiros fugiram pelo terraço. O capitão quis revistar a mesquita e lá deram com o homem do Cairo; açoitaram-no de tal maneira com varas de bambu que ele quase morreu.

Dois dias depois recobrou os sentidos na cadeia. O capitão mandou buscá-lo e disse: "Quem és tu e qual tua pátria?" O outro declarou: "Sou da famosa cidade do Cairo e meu nome é Mohamed el Magrebi". O capitão perguntou-lhe: "O que te trouxe à Pérsia?" O outro optou pela verdade e disse: "Um homem ordenou-me, em sonho, que eu viesse a Isfahan porque aí estava a minha fortuna. Já estou em Isfahan e vejo que essa fortuna que me prometeu devem ser as vergastadas que tão generosamente me deste".

Diante de tais palavras o capitão riu tanto que se viam seus dentes do siso e, finalmente, lhe disse: "Homem desajuizado e crédulo, eu já sonhei três vezes com uma casa no Cairo no fundo da qual há um jardim, e nesse jardim um relógio de sol, e depois do relógio uma figueira, e logo depois da figueira uma fonte e sob a fonte um tesouro. Não dei o menor crédito a essa mentira e tu, produto de uma mula com um demônio, não obstante vens errando de cidade em cidade baseado unicamente na fé de teu sonho. Que eu não volte a ver-te em Isfahan. Toma estas moedas e desaparece."

O homem pegou as moedas e regressou a sua pátria. Sob a fonte do seu jardim (que era a mesma do sonho do capitão) desenterrou o tesouro. Assim Deus lhe deu a bênção, recompensou-o e enalteceu-o. Deus é o Generoso, o Oculto.


segunda-feira, 22 de setembro de 2014

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

A Vitória da Vida

Pobre de ti se pensas ser vencido!
Tua derrota é caso decidido.
Queres vencer, mas como em ti não crês,
tua descrença esmaga-te de vez.
Se imaginas perder, perdido estás.
Quem não confia em si, marcha pra trás;
a força que te impele para frente,
é a decisão firmada em tua mente.

Muita empresa esboroa-se em fracasso
ainda antes do primeiro passo;
muito covarde tem capitulado
antes de haver a luta começado.
Pensa em grande e os teus feitos crescerão;
pensa em pequeno, e irás depressa ao chão.
O querer é o poder arquipotente,
é a decisão firmada em tua mente.

Fraco é quem fraco se imagina,
olha ao alto o que alto se destina;
a confiança em si mesmo é a trajetória
que leva aos altos cimos da Vitória.
Nem sempre o que mais corre a meta alcança,
nem mais longe o mais forte o disco lança;
mas o que, certo de si, vai firme e em frente,
com a decisão firmada em sua mente!
(Amado Nervo)


terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Oração



Senhor, 
 ensina-nos a orar sem esquecer o trabalho,
a dar sem olhar a quem,
a servir sem perguntar até quando,
a sofrer sem magoar seja a quem for,
a progredir sem perder a simplicidade,
a semear o bem sem pensar nos resultados,
a desculpar sem condições ,
a marchar para a frente sem contar os obstáculos,
a ver sem malícia,
a escutar sem corromper os assuntos,
a falar sem ferir,
a compreender o próximo sem exigir entendimento,
a respeitar os semelhantes sem reclamar consideração,
a dar o melhor de nós, além da execução do próprio dever
sem cobrar taxas de reconhecimento.
Senhor,
fortalece em nós a paciência para com as dificuldades
dos outros, assim como precisamos da paciência dos outros
para com as nossas próprias dificuldades.
Ajuda-nos para que a ninguém façamos aquilo
que não desejamos para nós.
Auxilia-nos sobretudo a reconhecer que a nossa
felicidade mais alta será invariavelmente
aquela de cumprir os desígnios, onde e
como queiras, hoje, agora e sempre.
Emmanuel